terça-feira, 20 de janeiro de 2009

DISLEXIA na FASE ADULTA

A DISLEXIA NA FASE ADULTA
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades:
· Continuada dificuldade na leitura e escrita;
· Memória imediata prejudicada;
· Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
· Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
· Dificuldade com direita e esquerda;
· Dificuldade em organização;
· Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto-estima e algumas vezes o Ingresso no uso de drogas e álcool.
Feeling do professor
Como é uma síndrome geralmente detectada na Infância, o papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Ter o feeling de perceber algo errado com determinado aluno é essencial para evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliações distorcidas. Esse quadro de dificuldade de leitura não tem cura, e acompanha uma pessoa por toda a vida, do Ensino Fundamental até o Superior.
Nenhum professor precisa ser oftalmologista para notar que o estudante não está enxergando bem. O dia-a-dia da sala de aula mostra isso. O mesmo vale para a audição e outras deficiências, como a própria dislexia. O professor percebe que tal pessoa é inteligente, perspicaz, criativa, tem facilidade para fazer uma porção de coisas, no entanto, quando tem que ler, escrever ou entender o que leu, pronto, nem parece a mesma. Esses indícios são os mais significativos.
"Os professores e coordenadores pedagógicos têm que ter algum tipo de treinamento, alguma sensibilidade para detectar que é mesmo dislexia, para não falar que o aluno é folgado, vagabundo e não quer aprender”. O professor de Leitura e Lingüistica da UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), Vicente Martins "Ninguém enxerga aquilo que não conhece,"

Vestibular
Se o vestibular já é um bicho-de-sete-cabeças para pessoas sem dislexia, imagine, então, para alguém disléxico. Redação, perguntas com enunciados enormes, cálculos, interpretação de textos e tudo isso sob pressão. O tempo também é um fator importante, já que pessoas com essa síndrome têm dificuldade de leitura e, conseqüentemente, levam mais tempo para ler, interpretar e resolver os enunciados.
É por isso que fundações como a Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) já estão se abrindo para o problema do disléxico. Quem possui a síndrome e comprova através de um relatório idôneo, faz a prova em um local diferente com um monitor que lê as questões para que a pessoa ouça e entenda melhor. Além disso, tem duas horas a mais para realizar o vestibular, pode usar calculadora, construir mentalmente a redação e ditar para que o monitor a escreva. Isso já acontece há dois anos seguidos.
A pessoa disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de entender o que lê de maneira eficiente. "É uma síndrome que acomete o ser humano. Isso vale para o esquimó, para a aborígine da Austrália, para o japonês, cairçara, pigmeu da floresta africana. E independe de qualquer outra variável. E a pessoa vai ser disléxica sempre, como o canhoto, mesmo que ele desenvolva habilidades na outra mão e supere as dificuldades, sempre será canhota. O disléxico também", observa Braggio. (2005)

Ensino Superior
E será que uma pessoa disléxica pode chegar a uma universidade e completá-la satisfatoriamente? Os professores são unânimes: isso é perfeitamente possível, desde que o aluno avise do problema para a coordenação do curso que irá alertar os docentes para que tenham sensibilidade em lidar com esse estudante. O gênio inventor da teoria da relatividade, Einstein, era disléxico e, no entanto, toda a humanidade reconhece seus feitos. Dislexia não tem nada a ver com inteligência.
As mesmas bases da instrução infantil devem guiar a instrução adulta, utilizando abordagem multissensorial dirigida e estimulando ambos hemisférios cerebrais. A utilização do computador com recursos de auto-correção é altamente recomendável, sempre que seja de interesse e relevância.
“O ser humano vai criar compensações. Ele pode ser péssimo em língua portuguesa e ainda assim um grande líder. Por exemplo, uma das compensações importantes em que o disléxico precisaria ter uma atenção especial é o tempo nas provas e concursos. Não é super proteção, mas considerá-lo realmente como uma pessoa que necessita de atendimento especial", argumenta Martins. Chegar à universidade é uma grande conquista para o disléxico, por isso, hoje em dia, algumas instituições já estão criando laboratórios para dar atendimento a jovens com dificuldades de leitura.
Quando se fala em dislexia, existem dois componentes que devem ser levados em conta: ler e compreender o texto. Quem tem dificuldade de leitura, tem problemas em ler um texto em voz alta e, conseqüentemente, em compreendê-lo. Para quem chega à graduação e passa por uma enxurrada de textos que são necessários para a compreensão e resposta de uma série de questionamentos das diversas disciplinas da grade curricular, é importante que os professores dêem uma orientação e atenção especial.
Os professores devem ficar atentos a alguns sintomas da dislexia em adultos que, caso não tenham tido um acompanhamento adequado na fase escolar, ou, se possível, pré-escolar, ainda apresentará dificuldades na leitura e escrita: memória imediata prejudicada; dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização; aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência depressão, ansiedade, baixa auto-estima e, algumas vezes, o ingresso para as drogas e o álcool.
O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos. Portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas. É importante estimulá-lo e fazer com que acredite na sua capacidade de tornar-se um profissional competente.

Sugestões de boas práticas
As seguintes sugestões de boas práticas serão particularmente úteis para os estudantes com dislexia, mas podem ser úteis aos estudantes em geral. Para além destas sugestões achamos muito importante que o Professor obtenha mais informação sabre dislexia e contacte com os estudantes, no sentido de saber o que para eles e mais útil.

O estudante disléxico na Universidade:
É importante estar alerta para a eventualidade de ter um estudante disléxico entre os que freqüentam as suas aulas. Assim deverá:
· estar consciente de que ele aprende de forma diferente da convencional;
· tentar obter informações acerca dos problemas com que o estudante disléxico se confrontou no secundário, especialmente no que diz respeito:
- capacidade de auto-gestão;
- ao seu sentido de organização;
- à capacidade de tomar notas;
- à gestão do tempo;
- à gestão dos projetos e trabalhos a realizar;
- ao ensino unidimensional;
· reconhecer a frustração que estudante disléxico deve sentir;
· reconhecer que as classificações podem ficar muito aquém do potencial do estudante;
· reconhecer problemas de auto-estima e de depressão;
· demonstrar simpatia, atenção e preocupação;
· oferecer-se para ser o professor-tutor ou nomear-lhe um;
· saber ouvir e aconselhar quando necessário e nas alturas previstas para tal;
· ajudar a organizar os trabalhos;
· planificar os trabalhos com datas bem determinadas (por exemplo, o primeiro trabalho sobre o primeiro capítulo na data x, o segundo na data y ... e assim sucessivamente);
· indicar as leituras obrigatórias nas bibliografias de referência;
· assegurar que os direitos previstos na lei em benefício dos estudantes disléxicos são respeitados, nomeadamente em matérias de exames: intervalos, tempo suplementar, leituras, utilização de computadores portáteis, etc.;
· ajudar os estudantes a preencher formulários e a redigir pedidos relacionados com os seus direitos;
· insistir no reforço dos talentos naturais do estudante.


Nas aulas
Os estudantes com dislexia lêem e escrevem mais lentamente do que os outros estudantes, assim é para eles, muito difícil acompanhar as aulas tirando notas. Estes estudantes podem também encontrar dificuldades em ler acetatos / apresentações nas aulas, pois têm dificuldade em compreender o que lêem e em copiar.
· Fornecer um resumo quando se introduz um novo tópico, de forma a iniciar a familiarização do estudante com o assunto - salientar as idéias principais e palavras-chave;
· fornecer textos de apoio às aulas, de forma a diminuir a quantidade de notas que o estudante tem que tirar numa aula;
· usar múltiplas formas de apresentar a informação: vídeos, slides, demonstrações práticas, bem como ir falando ao longo da apresentação de textos;
· prever tempo para os estudantes lerem os textos de apoio às aulas, sobretudo se esses textos vão ser mencionados no decurso de uma aula;
· introduzir tópicos e conceitos novos de uma forma óbvia – explicar termos e conceitos novos;
· dar exemplos para ilustrar um ponto de vista, uma perspectiva, um assunto;
· fazer pausas regulares para permitir que os estudantes possam acompanhar;
· perguntar ao estudante disléxico se está conseguindo acompanhar o trabalho nas aulas;
· fornecer material escrito, formatando-o num estilo simples, claro e conciso;
· usar preferencialmente material impresso em detrimento de notas escritas à mão;
· evitar fundos com imagens ou figuras;
· uma fonte clara como o Arial ou o Comic Sans é mais fácil de ler do que fontes como o Times New Roman;
· não devem ser usadas demasiadas fontes diferentes num mesmo texto;
· não usar blocos densos de texto. É aconselhável o uso de parágrafos, diferentes tipos de cabeçalhos, símbolos gráficos a destacar partes de textos e numerar textos;
· destacar partes de textos ou palavras usando preferencialmente o negrito em detrimento do sublinhado ou itálico;
· imprimir em papel de cor pode ser mais fácil de ler para alguns estudantes com dislexia. Alguns estudantes com dislexia usam acetatos de cor que colocam por cima do texto para facilitar a leitura.
· são de evitar as tintas vermelha e verde, pois estas cores são particularmente difíceis de ler.
· usar formas alternativas de apresentar conteúdos como gráficos, diagramas, etc.

Avaliações
Em situação de avaliação as capacidades de escrita e ortografia do estudante universitário disléxico podem piorar devido à pressão do tempo. Estes estudantes podem igualmente usar um tipo de linguagem mais básica, evitando palavras longas que lhes torna mais lento o processo de expressão escrita.
· As perguntas devem ser expressas em Iinguagem clara e concisa;
· combinar com os estudantes disléxicos a data de entrega de trabalhos;
· permitir a este estudantes o uso de corretores ortográficos e/ ou outras formas de trabalho que os ajudem a detectar e corrigir os próprios erros;

Trabalhos práticos
Podem surgir dificuldades quando estes trabalhos exigem apresentações escritas com prazos muito curtos – trabalhos escritos à mão podem ter uma péssima apresentação, bem como conter muitos erros ortográficos.
· Deve ser permitida a entrega destes trabalhos impressos, portanto escritos usando o computador;
· os estudantes disléxicos podem ter dificuldades em seguir instruções, de forma que estas devem ser claras e simples;
Estratégias de apoio à avaliação e classificação e classificação
Deve sempre dar feedback ao estudante sobre a avaliação que fez do trabalho apresentado por ele. Sempre que necessário deve conversar com ele sobre esse assunto.
Quando pontua um trabalho use marcadores diferentes para diferenciar o conteúdo da apresentação (ortografia e gramática, bem como organização das idéias).
Comemorar?
Sim, o disléxico tem como predominante característica a dificuldade no manejo da palavra conquanto símbolo gráfico.
Em contrapartida tem,
* Ótima noção de situação, com seu senso de contexto e oportunidade,
* Aguçada percepção da tônica do momento, com apurada intuição e sensibilidade,
* Excelente memória fotográfica e orientação espacial,
* Grandes habilidades como estrategista e visão de conjunto,
* Importantes habilidades sociais e empatia,
* Desenvolvida competitividade e perfeccionismo,
* Natural criatividade e inventividade,
* Enorme alegria e espontaneidade,
Que o tornam ... um vencedor!

DISLEXIA na FASE ADULTA

A DISLEXIA NA FASE ADULTA
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades:
· Continuada dificuldade na leitura e escrita;
· Memória imediata prejudicada;
· Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
· Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
· Dificuldade com direita e esquerda;
· Dificuldade em organização;
· Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto-estima e algumas vezes o Ingresso no uso de drogas e álcool.
Feeling do professor
Como é uma síndrome geralmente detectada na Infância, o papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Ter o feeling de perceber algo errado com determinado aluno é essencial para evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliações distorcidas. Esse quadro de dificuldade de leitura não tem cura, e acompanha uma pessoa por toda a vida, do Ensino Fundamental até o Superior.
Nenhum professor precisa ser oftalmologista para notar que o estudante não está enxergando bem. O dia-a-dia da sala de aula mostra isso. O mesmo vale para a audição e outras deficiências, como a própria dislexia. O professor percebe que tal pessoa é inteligente, perspicaz, criativa, tem facilidade para fazer uma porção de coisas, no entanto, quando tem que ler, escrever ou entender o que leu, pronto, nem parece a mesma. Esses indícios são os mais significativos.
"Os professores e coordenadores pedagógicos têm que ter algum tipo de treinamento, alguma sensibilidade para detectar que é mesmo dislexia, para não falar que o aluno é folgado, vagabundo e não quer aprender”. O professor de Leitura e Lingüistica da UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), Vicente Martins "Ninguém enxerga aquilo que não conhece,"

Vestibular
Se o vestibular já é um bicho-de-sete-cabeças para pessoas sem dislexia, imagine, então, para alguém disléxico. Redação, perguntas com enunciados enormes, cálculos, interpretação de textos e tudo isso sob pressão. O tempo também é um fator importante, já que pessoas com essa síndrome têm dificuldade de leitura e, conseqüentemente, levam mais tempo para ler, interpretar e resolver os enunciados.
É por isso que fundações como a Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) já estão se abrindo para o problema do disléxico. Quem possui a síndrome e comprova através de um relatório idôneo, faz a prova em um local diferente com um monitor que lê as questões para que a pessoa ouça e entenda melhor. Além disso, tem duas horas a mais para realizar o vestibular, pode usar calculadora, construir mentalmente a redação e ditar para que o monitor a escreva. Isso já acontece há dois anos seguidos.
A pessoa disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de entender o que lê de maneira eficiente. "É uma síndrome que acomete o ser humano. Isso vale para o esquimó, para a aborígine da Austrália, para o japonês, cairçara, pigmeu da floresta africana. E independe de qualquer outra variável. E a pessoa vai ser disléxica sempre, como o canhoto, mesmo que ele desenvolva habilidades na outra mão e supere as dificuldades, sempre será canhota. O disléxico também", observa Braggio. (2005)

Ensino Superior
E será que uma pessoa disléxica pode chegar a uma universidade e completá-la satisfatoriamente? Os professores são unânimes: isso é perfeitamente possível, desde que o aluno avise do problema para a coordenação do curso que irá alertar os docentes para que tenham sensibilidade em lidar com esse estudante. O gênio inventor da teoria da relatividade, Einstein, era disléxico e, no entanto, toda a humanidade reconhece seus feitos. Dislexia não tem nada a ver com inteligência.
As mesmas bases da instrução infantil devem guiar a instrução adulta, utilizando abordagem multissensorial dirigida e estimulando ambos hemisférios cerebrais. A utilização do computador com recursos de auto-correção é altamente recomendável, sempre que seja de interesse e relevância.
“O ser humano vai criar compensações. Ele pode ser péssimo em língua portuguesa e ainda assim um grande líder. Por exemplo, uma das compensações importantes em que o disléxico precisaria ter uma atenção especial é o tempo nas provas e concursos. Não é super proteção, mas considerá-lo realmente como uma pessoa que necessita de atendimento especial", argumenta Martins. Chegar à universidade é uma grande conquista para o disléxico, por isso, hoje em dia, algumas instituições já estão criando laboratórios para dar atendimento a jovens com dificuldades de leitura.
Quando se fala em dislexia, existem dois componentes que devem ser levados em conta: ler e compreender o texto. Quem tem dificuldade de leitura, tem problemas em ler um texto em voz alta e, conseqüentemente, em compreendê-lo. Para quem chega à graduação e passa por uma enxurrada de textos que são necessários para a compreensão e resposta de uma série de questionamentos das diversas disciplinas da grade curricular, é importante que os professores dêem uma orientação e atenção especial.
Os professores devem ficar atentos a alguns sintomas da dislexia em adultos que, caso não tenham tido um acompanhamento adequado na fase escolar, ou, se possível, pré-escolar, ainda apresentará dificuldades na leitura e escrita: memória imediata prejudicada; dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização; aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência depressão, ansiedade, baixa auto-estima e, algumas vezes, o ingresso para as drogas e o álcool.
O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos. Portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas. É importante estimulá-lo e fazer com que acredite na sua capacidade de tornar-se um profissional competente.

Sugestões de boas práticas
As seguintes sugestões de boas práticas serão particularmente úteis para os estudantes com dislexia, mas podem ser úteis aos estudantes em geral. Para além destas sugestões achamos muito importante que o Professor obtenha mais informação sabre dislexia e contacte com os estudantes, no sentido de saber o que para eles e mais útil.

O estudante disléxico na Universidade:
É importante estar alerta para a eventualidade de ter um estudante disléxico entre os que freqüentam as suas aulas. Assim deverá:
· estar consciente de que ele aprende de forma diferente da convencional;
· tentar obter informações acerca dos problemas com que o estudante disléxico se confrontou no secundário, especialmente no que diz respeito:
- capacidade de auto-gestão;
- ao seu sentido de organização;
- à capacidade de tomar notas;
- à gestão do tempo;
- à gestão dos projetos e trabalhos a realizar;
- ao ensino unidimensional;
· reconhecer a frustração que estudante disléxico deve sentir;
· reconhecer que as classificações podem ficar muito aquém do potencial do estudante;
· reconhecer problemas de auto-estima e de depressão;
· demonstrar simpatia, atenção e preocupação;
· oferecer-se para ser o professor-tutor ou nomear-lhe um;
· saber ouvir e aconselhar quando necessário e nas alturas previstas para tal;
· ajudar a organizar os trabalhos;
· planificar os trabalhos com datas bem determinadas (por exemplo, o primeiro trabalho sobre o primeiro capítulo na data x, o segundo na data y ... e assim sucessivamente);
· indicar as leituras obrigatórias nas bibliografias de referência;
· assegurar que os direitos previstos na lei em benefício dos estudantes disléxicos são respeitados, nomeadamente em matérias de exames: intervalos, tempo suplementar, leituras, utilização de computadores portáteis, etc.;
· ajudar os estudantes a preencher formulários e a redigir pedidos relacionados com os seus direitos;
· insistir no reforço dos talentos naturais do estudante.


Nas aulas
Os estudantes com dislexia lêem e escrevem mais lentamente do que os outros estudantes, assim é para eles, muito difícil acompanhar as aulas tirando notas. Estes estudantes podem também encontrar dificuldades em ler acetatos / apresentações nas aulas, pois têm dificuldade em compreender o que lêem e em copiar.
· Fornecer um resumo quando se introduz um novo tópico, de forma a iniciar a familiarização do estudante com o assunto - salientar as idéias principais e palavras-chave;
· fornecer textos de apoio às aulas, de forma a diminuir a quantidade de notas que o estudante tem que tirar numa aula;
· usar múltiplas formas de apresentar a informação: vídeos, slides, demonstrações práticas, bem como ir falando ao longo da apresentação de textos;
· prever tempo para os estudantes lerem os textos de apoio às aulas, sobretudo se esses textos vão ser mencionados no decurso de uma aula;
· introduzir tópicos e conceitos novos de uma forma óbvia – explicar termos e conceitos novos;
· dar exemplos para ilustrar um ponto de vista, uma perspectiva, um assunto;
· fazer pausas regulares para permitir que os estudantes possam acompanhar;
· perguntar ao estudante disléxico se está conseguindo acompanhar o trabalho nas aulas;
· fornecer material escrito, formatando-o num estilo simples, claro e conciso;
· usar preferencialmente material impresso em detrimento de notas escritas à mão;
· evitar fundos com imagens ou figuras;
· uma fonte clara como o Arial ou o Comic Sans é mais fácil de ler do que fontes como o Times New Roman;
· não devem ser usadas demasiadas fontes diferentes num mesmo texto;
· não usar blocos densos de texto. É aconselhável o uso de parágrafos, diferentes tipos de cabeçalhos, símbolos gráficos a destacar partes de textos e numerar textos;
· destacar partes de textos ou palavras usando preferencialmente o negrito em detrimento do sublinhado ou itálico;
· imprimir em papel de cor pode ser mais fácil de ler para alguns estudantes com dislexia. Alguns estudantes com dislexia usam acetatos de cor que colocam por cima do texto para facilitar a leitura.
· são de evitar as tintas vermelha e verde, pois estas cores são particularmente difíceis de ler.
· usar formas alternativas de apresentar conteúdos como gráficos, diagramas, etc.

Avaliações
Em situação de avaliação as capacidades de escrita e ortografia do estudante universitário disléxico podem piorar devido à pressão do tempo. Estes estudantes podem igualmente usar um tipo de linguagem mais básica, evitando palavras longas que lhes torna mais lento o processo de expressão escrita.
· As perguntas devem ser expressas em Iinguagem clara e concisa;
· combinar com os estudantes disléxicos a data de entrega de trabalhos;
· permitir a este estudantes o uso de corretores ortográficos e/ ou outras formas de trabalho que os ajudem a detectar e corrigir os próprios erros;

Trabalhos práticos
Podem surgir dificuldades quando estes trabalhos exigem apresentações escritas com prazos muito curtos – trabalhos escritos à mão podem ter uma péssima apresentação, bem como conter muitos erros ortográficos.
· Deve ser permitida a entrega destes trabalhos impressos, portanto escritos usando o computador;
· os estudantes disléxicos podem ter dificuldades em seguir instruções, de forma que estas devem ser claras e simples;
Estratégias de apoio à avaliação e classificação e classificação
Deve sempre dar feedback ao estudante sobre a avaliação que fez do trabalho apresentado por ele. Sempre que necessário deve conversar com ele sobre esse assunto.
Quando pontua um trabalho use marcadores diferentes para diferenciar o conteúdo da apresentação (ortografia e gramática, bem como organização das idéias).
Comemorar?
Sim, o disléxico tem como predominante característica a dificuldade no manejo da palavra conquanto símbolo gráfico.
Em contrapartida tem,
* Ótima noção de situação, com seu senso de contexto e oportunidade,
* Aguçada percepção da tônica do momento, com apurada intuição e sensibilidade,
* Excelente memória fotográfica e orientação espacial,
* Grandes habilidades como estrategista e visão de conjunto,
* Importantes habilidades sociais e empatia,
* Desenvolvida competitividade e perfeccionismo,
* Natural criatividade e inventividade,
* Enorme alegria e espontaneidade,
Que o tornam ... um vencedor!

Sugestões/Motivos para Acompanhar a criança Disléxica

SUGESTÕES MOTIVOS
1 – Explique à criança quais são seus problemas. A criança normalmente já tem conhecimento prévio de seus problemas, porém não sabe quais são nem o porquê. Uma explicação ajudará a compreensão de si mesma
2 – Tente restaurar a confiança Para ajudar a criança disléxica na escola. Como já tinha sido rotulado como "mau aluno", agora vem a oportunidade para a criança vencer. Ela tem de compreender isto.
3 – Sente-se ao lado da criança. Para diminuir a possibilidade de troca de posições (má orientação corporal), nunca sente na frente do aluno. Sentando-se ao seu lado você cria uma atmosfera menos formal.
4 – Nunca force o aluno a aceitar a lição do dia. Algumas vezes ele não está disposto a fazer suas lições. Existem outras maneiras de ensinar sem usar lápis e papel. Os jogos, por exemplo, podem ajudar. Seja versátil em relação às necessidades da criança.
5 – Evite submeter o aluno à pressão de tempo ou competição com outras crianças. Essas pressões fazem com que o aluno concentre-se em ser o primeiro e não em estar correto. Ser o primeiro é secundário quando o que importa é estar certo. A competição pode levar à amarga experiência de fracassos seguidos.
6 – Seja flexível em relação ao conteúdo da lição. Algumas vezes a criança disléxica não está preparada para determinada lição, mesmo que se pense o contrário. Deixe tal lição de lado ou tente uma outra abordagem.
7 – Fique ciente da possibilidade de a criança disfarçar seus erros. Crianças disléxicas tentam, às vezes, disfarçar seus erros através de artimanhas e artifícios (por exemplo, caligrafia ilegível), para evitar que seus erros sejam vistos.
8 – Use a crítica de uma maneira construtiva. É preferível sempre mostrar as razões do erro e as maneiras de evitá-lo e superá-lo, a uma atitude negativista.
9 – Permita vários tipos de ajuda para auxiliar o aluno. Certos artifícios podem auxiliar o aluno a se concentrar mais no objetivo de uma tarefa do que nos mecanismos de sua feitura. Por exemplo: um marcador qualquer ajudará a concentração na linha de leitura; uma máquina de datilografar erradicará uma caligrafia fraca e criará nova motivação; um gravador de som ajudará na lembrança de suas tarefas ou na explicação de como fazê-las
10 – Estimule a criança a escrever em linhas alternadas. Isso ajudará o professor a ler uma caligrafia imprecisa e freqüentemente amontoada, e também a fazer a correção próxima aos erros e não no fim da lição.
11 – Certifique-se que as instruções para determinadas tarefas de casa sejam entendidas pela criança. A deficiência de coordenação visual e motora da criança disléxica resulta na cópia incorreta do quadro-negro. É preferível escrever as instruções de suas tarefas de casa e ler para ela certificando-se de que entendeu.
12 – Peça aos pais para que releiam as instruções das tarefas de casa. A criança pode esquecer o que foi pedido na escola ou não conseguir ler instruções mais complexas. Tempo e frustrações serão eliminados se os pais relerem as instruções da professora.
13 – Quando corrigir lições, seja realista mas não exagere. Se a professora anotar todo erro, isso pode ser desagradável para a criança. O conteúdo da lição é o que importa e um comentário sobre a sua importância é psicologicamente mais útil do que inúmeros sinais de correção.
14 - Não corrija lições com lápis ou canetas vermelhas. Correções com cor vermelha são desmoralizantes para as crianças com problemas de aprendizagem. Use maneiras mais sutis e corrija sem alardes pictóricos.
15 – Procure identificar áreas de interesse da criança. Uma má vontade para aprender pode ser contornada usando-se material diferente. Por exemplo, não tire o estímulo da leitura das histórias em quadrinhos se a criança aprende através delas.
16 – Encontre livros de leitura que interessem a criança mesmo que eles sejam complexos para sua habilidade. Na falta de material de leitura mais apropriado, que prenda a atenção da criança, tente suplementar com livros, mesmo que estejam acima de seu nível de leitura, conquanto que captem e mantenham sua atenção.
ENCAMINHAMENTOS· Apoio Intra-Escola - Ensino Especial· Apoio Extra-Escola- Psicólogo - Especialista com formação na área- Terapeuta da fala- Psicopedagogo- Centro de desenvolvimento infantil- Serviço de apoio neurológico


Observações Gerais

Ações pedagógicas perante suspeita de dislexia
Necessidade de Formação Exercícios Adaptações ao Aluno
Procura de informaçãoPedido de ajuda Exercícios de lateralidadeExercícios de leitura globalExercícios de incidência nas sílabasExercícios de compreensão da mensagemExercícios fonológicosTreino da motivação Apoio individualizadoAdaptações curricularesAdaptações materiaisTeste de escolha múltipla


Maria Conceição Gomes de Melo
Prof. Regente