sábado, 17 de abril de 2010

DISLEXIA por J.C.SANTIAGO

Dislexia

A observação de pessoas e crianças com dislexia, autismo, hiperatividade, desordens de atenção, problemas de aprendizagem e muitas outras condições tem mostrado a existência de disfunções no corpo e no sistema sacro craniano.
Tem-se visto que a correção dessas disfunções resulta num melhoramento bastante grande em muitas das condições que as pessoas ou crianças apresentam como sejam a dislexia, a hiperatividade, o autismo, as desordens de atenção, os problemas de aprendizagem, paralisias, etc.
Infelizmente muitas das disfunções existentes no corpo ou no sistema sacro craniano não são detectáveis nos exames que atualmente se fazem e apenas podem ser detectadas e corrigidas por pessoas que são treinadas para o efeito.
Uma vez que essas disfunções não são visíveis nos exames e uma vez que são muito poucas as pessoas treinadas na sua detecção e correção, estas disfunções passam completamente despercebidas da grande maioria dos profissionais de saúde.
E se não são detectadas, elas não são corrigidas.
É desta forma que apenas se detectam as consequências ou os resultados dos maus funcionamentos do corpo e do sistema sacro craniano, mas não as suas causas ou origens.
E enquanto não se corrigirem as causas por detrás da dislexia, da hiperatividade, das desordens de atenção, dos problemas de aprendizagem, do autismo, etc. estes problemas não serão convenientemente resolvidos.
São as alterações no corpo e no sistema sacro craniano que muitas das vezes criam alterações no funcionamento do sistema nervoso e que muitas vezes estão por detrás da dislexia, do autismo, da hiperatividade, das desordens de atenção, dos problemas de aprendizagem, da sinusite e de muitas outras situações.
Se o corpo estiver tenso, comprimido, ou com alterações a nível dos tecidos, isso cria disfunções a nível físico que acabam por se refletir a nível do sistema sacro craniano o qual por sua vez altera por completo o funcionamento do sistema nervoso central.
É o sistema sacro craniano que cria o ambiente fisiológico no qual todo o sistema nervoso, vive, funciona e se desenvolve.
Assim, qualquer alteração no corpo ou no sistema sacro craniano acaba por se refletir negativamente a nível do sistema nervoso central.
E como se sabe são alterações no sistema nervoso central que estão na origem da dislexia, hiperatividade, desordens de atenção e déficit de atenção, problemas de aprendizagem, autismo, depressão, etc.
A fáscia (ou tecido conectivo) é um tecido forte que se espalha por todo o corpo, numa teia tridimensional desde a cabeça aos pés sem interrupção, envolvendo todo e qualquer tecido do corpo desde a célula, grupo de músculos, ossos, órgãos, etc.
Ela envolve nervos, ossos, artérias, veias e ductos assim como os músculos e é o maior organizador do corpo, organizando e separando toda e qualquer estrutura do corpo e organizando os músculos e os órgãos em unidades funcionais.
A fáscia é o componente básico do corpo e em circunstâncias normais ela deve ser flexível e deslizante. No entanto através de traumatismos, processos inflamatórios, más posturas, cirurgias, stress, etc., criam-se restrições e aderências na fáscia e entre esta e os tecidos vizinhos o que faz com que ela se torne mais sólida e dessa forma encurte as fibras fasciais o que cria pressão em áreas sensíveis, provocando dor e restrições de movimento. Esta é também a razão do mau funcionamento de órgãos, músculos e do corpo em geral.
A importância da Libertação Mio Fascial torna-se bem patente quando compreendemos que a fáscia envolve e penetra em cada músculo, osso, órgão, indo até ao nível celular e que ela pode criar uma força ou pressão de cerca de 140 kgs por centímetro quadrado quando tensa, o que pode provocar fortes dores e limitações de movimentos ou mesmo mau funcionamento de órgãos, nervos, vasos, etc.
A pressão (pode ir até 140 kg por centímetro quadrado) sobre zonas do corpo ou sobre o sistema sacro craniano explica os desconfortos, as dores, e as alterações a nível do sistema sacro craniano e a nível do sistema nervoso central.
Isto explica a alteração da posição anatômica dos ossos da cabeça, das vértebras, da bacia etc. e explica os desconfortos sentidos pelas crianças ou adultos que são incapazes de estarem quietos ou de terem capacidade para se concentrarem, ou mesmo a reação excessiva em termos emocionais às situações do dia a dia.
A irritação, a agressividade, o não estar quieto, a depressão, o desinteresse, os choros por tudo e por nada, as birras, o chuchar no dedo até tarde e muitas outras condições, geralmente são boas indicações de que existem alterações ou disfunções a nível do corpo ou do sistema sacro craniano que precisam de ser corrigidas.
A falha em reconhecer a importância da fáscia e o seu relacionamento com toda a estrutura e movimento do corpo, ajuda a explicar o porquê dos maus resultados ou dos resultados temporários que se obtêm com os tratamentos standard. Este é um sistema fisiológico que tem sido ignorado e que tem de ser estudado e compreendido se queremos o bem estar dos nossos pacientes.
É comum os pacientes (bebês, crianças e adultos) que estão sobrecarregados com crônicas ou fortes compressões miofasciais terem grande agitação mental, irritação, depressão, desgaste, cansaço, incômodos, insônias e outros pensamentos e emoções desagradáveis.
Isto cria problemas não só para o bebê, a criança ou pessoa que tem problemas destes, mas para todas as crianças e pessoas que têm de interagir com ela.
Muito deste sofrimento pode ser aliviado ou resolvido corrigindo as disfunções existentes no corpo e no sistema sacro craniano.
É assim que muitos destes problemas como a dislexia, autismo, hiperatividade, desordens de atenção, déficit de atenção, irritação, agressividade, depressão, problemas de aprendizagem, etc. podem ser grandemente melhorados corrigindo as disfunções do sistema sacro craniano e do corpo. E as melhores terapias que conheço para isso são a Terapia Sacro Craniana e a Libertação Mio Fascial.
O mesmo é válido para os bebês e recém nascidos onde muitos dos seus problemas como cólicas, choro sem causa, mau dormir, etc. se devem a disfunções do corpo ou do sistema sacro craniano que passam despercebidos dos profissionais de saúde uma vez essas disfunções não acusam nos exames que atualmente existem nem eles têm formação para as detectar e corrigir.
Desta forma, é conveniente que todos os bebês sejam sujeitos a uma detecção e correção de possíveis disfunções no seu corpo ou sistema sacro craniano. O parto é uma das possíveis causas da criação de disfunções no corpo ou no sistema sacro craniano do recém nascido pois é sempre um acontecimento "traumático" pois todo o seu corpo foi comprimido e ajudado a nascer.
Se o parto foi difícil ou traumático então mais probabilidades há de existirem disfunções no corpo e no sistema sacro craniano do recém nascido, as quais devem ser corrigidas quanto antes, para evitar possíveis problemas no futuro.
Existem muitas outras causas que têm de ser detectadas e corrigidas quer na dislexia quer em muitas outras disfunções e alterações.
Há que saber determinar exatamente o que precisa ser corrigido e corrigi-lo, pois, é a única forma de resolver os problemas pela raiz.
No caso do autismo, o tratamento deve sempre começar por os pais se submeterem a tratamento primeiro, para que fiquem mais relaxados e não transmitam o seu stress e tensões acumuladas ao longo dos anos aos seus filhos, impedindo-os dessa forma de fazerem os progressos que precisam.
No caso da Hiperatividade e mesmo da Dislexia ou de Problemas de Aprendizagem ou outros, quase sempre as crianças beneficiam imenso quando os seus pais recebem tratamento primeiro ou em simultâneo.

Vídeo sobre Dislexia

quarta-feira, 7 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

DISGRAFIA

DISGRAFIA
A disgrafia é caracterizada por problemas com a linguagem escrita, que dificulta a transmissão de ideias e de conhecimentos desse específico canal de comunicação. As pessoas que tem disgrafia podem ter o tratado de letras e de números comprometido, cometendo erros ortográficos graves, ao omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade espacial aparece na fala de domínio do tratado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada, mas inteligível, porém outros apresentam letras que quase não deixam possibilidade de leitura, embora eles mesmos sejam capazes de ler a que escreveram. É comum que disgráficos também tenham dificuldades em cálculos matemáticos.
Os problemas mais frequentes são:
• Inversão de sílabas;
• Omissão de letras;
• Escrita de letras espelhadas;
• Escrita continua ou com separações incorretas.
O que para alguns pode parecer simples, como anotar um recado em uma folha de papel, para uma pessoa que apresenta disgrafia é especialmente complicado, pois é preciso controlar a posição da mão que escreve, com a coordenação do direcionamento espacial necessário a grafia da letra ou do número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isso, também podem inclinar a cabeça para tentar ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular.
A grande dificuldade do disgráfico é na coordenação motora fina; trabalhos em grupo na escola podem ajudar muito esses alunos.

Principais características dos disgráficos:
√ Na escola são crianças conhecidas por terem "le¬tra feia";
√ Demoram muito mais para fazer uma tarefa do que as outras;
√ Retocam as letras muitas vezes;
√ Tem letras ininteligíveis;
√ Amontoam as letras;
√ Apresentam má organização da página;
√ Apresentam má organização das letras.

Saiba Mais ...
Algumas crianças já nos primeiros anos de vida apresentam indícios que podem sugerir que na idade escolar talvez tornem-se disgráficos. São eles:
• atrasos no desenvolvimento da marcha;
• dificuldades em subir e descer escadas; para andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao tentar aprender a andar de bicicleta; no uso de tesouras; ao amarrar o cadarço do sapato; etc.

DOBRADURAS
Fazer dobradura é uma atividade que pode auxiliar a coorde¬nação motora dos disgráficos. Apesar dos exemplos abaixo, qualquer outra dobradura poderá ser utilizada, usando gradativos estágios de dificuldade.
MATERIAL
- Papéis coloridos
- Fichas com modelos e instruções de dobraduras
OBJETIVO
- Estimular a coordenação motora fina, lateralidade, sequência de instruções e organização espacial.
DESENVOLVIMENTO
- Providenciar papeis coloridos no tamanho exato;
- Demonstrar e realizar junto com os alunos as etapas das dobraduras.

LETRAS NA FALA - DISLALIA

LETRAS NA FALA - DISLALIA

A palavra falada constitui-se de uma combinação de unidades mínimas de som (fonemas). Essas unidades sonoras são representadas graficamente na escrita por meio de letras. Não devemos confundir fonema com letra. O fonema é um elemento acústico, enquanto a letra é um sinal gráfico que representa o fonema segundo a convenção da língua. Nem sempre há uma correspondência entre letra e som.
Todos os fonemas da Língua portuguesa têm uma ordem para serem adquiridos pelas crianças. Algumas vezes, certas crianças não desenvolvem, necessariamente, esses fonemas na ordem estabelecida, mas esse fato isolado não quer dizer que a criança apresenta uma alteração da fala.

Quadro de correspondência fonêmica e idade de aquisição
IDADE FONEMAS
18 MESES /b/, /m/
2 ANOS /p/, /t/, /d/, /n/
2 ANOS E 1/2 /k/, /g/, /nh/
3 ANOS /f/, /v/, /s/, /z/
3 ANOS E 1/2 /ch/, /ge/, /gi/
4 ANOS /l/, /lh/, /r/, /rr/, /s/, /I/ (entre as palavras)
5 ANOS Aquisição completa

Quando um dos alunos troca alguns fonemas, diz-se que ele tem um distúrbio articulatório, ou que ele é dislálico, ou seja, que apresenta uma dislalia. Para entender melhor esse processo, alguns fatores são avaliados, entre eles:
1. O grau de inteligibilidade: quanto maior a quantidade de trocas de letras, menos inteligível a mensagem se torna para o receptor.
2. A recorrência dos erros: se as trocas são produzidas com muita frequência ou esporadicamente.
3. O tipo de troca: algumas trocas chamam mais atenção que outras, porém todas podem prejudicar o entendimento da mensagem.
4. As condições da comunicação: pode ser que alguns momentos específicos (em uma apresentação em público, por exemplo), propiciem algumas trocas, e em situações mais confortáveis a quantidade de trocas seja menor.
5. O status cultural: de acordo com o padrão cultural do emissor, pode ser que algumas trocas se tornem inaceitáveis, mas compreensíveis se vierem de uma pessoa com pouca instrução.
6. O regionalismo; apesar de todo o país falar o mesmo idioma, é possível que haja divergências quanto à aceitação de algumas trocas de acordo com a região.
7. A idade: 4 anos é a idade limite para que haja uma boa comunicação, em que uma mensagem é passada com clareza. Se isso não está acontecendo, precisa ser averiguado.
8. O subjetivismo: algumas vezes, a criança não entende que está falando de forma errada. Nesses casos, é preciso demonstrar estranheza em vez de fingir que ela está transmitindo sua mensagem, porém essa situação de estranheza não pode ser constrangedora para a criança.

Existem alguns sinais de alerta que podem indicar ao professor se o seu aluno precisa de uma investigação mais atenta. São eles:
a) quando apenas pessoas próximas entendem o que a criança está falando;
b) quando a fala da criança é muito infantilizada para a sua idade.
Nesses casos, se faz necessário procurar um fonoaudiólogo para uma avaliação. Se a família ainda não solicitou tal tratamento, é dever da escola orientar os pais a procurar um especialista e até fornecer um encaminhamento.